domingo, 26 de setembro de 2010

Starbucks? No thank you

Sempre torci o nariz às modas e por norma sou sempre dos últimos a seguir o rebanho. Sejam espaços in como discotecas, bares ou restaurantes, o último gadget que está na berra ou séries de culto. Se muitas pessoas me dizem que TENHO de experimentar, é meio-caminho andado para me desinteressar imediatamente. Lux? Fui uma vez. Facebook? Aderi há um ano e já estou cansado. Lost? Se vi dois episódios já foi muito bom. Podem pensar que sou um marginal metido à besta, mas nem por isso. Adopto e aprecio o pop lifestyle, o de mastigar e deitar fora. A lavagem cerebral demora é a entrar.
Por isso, este fim-de-semana experimentei, finalmente, o Starbucks de Belém. Toda a mecânica do fast-coffee  atrapalhou-me. Ainda estava eu a tentar decidir o que ia tomar, já o rapazinho imberbe me estava a chamar. Lá optei por um Mocca Branco (acho) e sem acompanhamento porque não me deixou ver os bolos. Como sabia que ele ia perguntar o meu nome já estava a pensar em algum nome estapafúrdio para o deixar atrapalhado mas, no final, quem perdeu a coragem fui eu. Com dois empregados a olhar fixamente para mim, aqueles dois segundos de hesitação pareceram uma eternidade e acabei por dar o meu nome verdadeiro.

"Obrigado sr. Speedy.
UM MOCCA BRANCO PARA O SR. SPEEDY. 
É só esperar no final da fila sr. Speedy"

Confesso que não gostei das confianças. Percebo que o intuito do nome é o de aproximar o cliente do brand Starbucks mas a minha vontade era sair dali. Estava eu à espera, a pensar na minha vida, quando começo ouvir uma brasileira a gritar do outro lado da sala.

"SPEEDYYYYYYY. MOCCA BRANCOOOOOO. 
VOCÊ É O SPEEDY? SPEEDYYYYYYYY"

Quando me dirijo até ela, a mulherzinha agarra-se ao copo e ainda tem a ousadia de perguntar-me se sou mesmo eu. "Preciso de mostrar o BI é?", regurgito. 
E tudo por um café que custou-me 3.40 euros, levou-me 30 minutos a beber e que inevitavelmente ficou frio. Se não fosse suficiente,a cafeína caiu-me mal no estômago vazio e acho que estou um cadinhooooooooo acelerado para um domingo à noite. Prevejo uma bela de uma insónia isso sim por um café que - admitam se faz favor - não é nenhuma loucura.

14 comentários:

  1. Tenho realmente de concordar =X
    Quando lá fui, a única vez que fui, não apreciei mesmo nada nem o atendimento nem o café...

    ResponderEliminar
  2. Sempre que fui ao Starbucks foi a convite, só mesmo, por uma vez ou duas vezes é que fui sozinho por iniciativa própria porque os muffins de morango com chocolate branco são mesmo bons...de resto..dispenso! (E os preços que eles praticam...)

    ResponderEliminar
  3. credo! parece ser sido a desgraça completa. e com o nome pronunciado aos berros - é chique!

    ou...
    será o mau feitio? ;)
    ainda fiquei na dúvida. mas no desempate serviu o facto de eu também ser avesso às modas - mas já fui mais vezes ao Lux que tu e o faceboock está quase, quase a acabar-me com os nervos. isto serve ainda para dizer que só fui uma vez ao Starbucks (já agora revelo onde: em Barcelona) e chegou-me como experiência.

    abraço e nada de insónias, ok!

    ResponderEliminar
  4. finalmente que há gente que pensa como eu.

    ResponderEliminar
  5. vou a alguns sitios da moda porque de facto aprecio, caso de um que já referiste aí. Ainda hoje debati com um amigo o Starbucks, ele que gosta e eu que nunca fui mas também não tenho vontade. Mas tenho para mim que quando for vou ficar fã, vão conquistar-me pela barriga, muffin muffin, muffin :p

    ResponderEliminar
  6. Nunca fui a um Starbucks, até porque prefiro o tradicional café/bica/expresso tuga. De qualquer forma, havia ali na Baixa um genérico do Starbucks - Brown's, creio - que achava piada e gostava de lá ir. Apreciava-o porque era simultaneamente um lugar novo, mas com um toque de decadência porque se podia fumar na sala dos fundos. Agora tornou-se num lugar de moda. E, consequentemente, insuportável. É mais uma sala de desfile e de engate do que um café... Snif.

    ResponderEliminar
  7. Tudo aquilo que se torna moda e ou mediático, afasta-me logo...Por isso tb percebo o trauma!

    Só entrei 2 vezes num Starbucks, em Lausanne quando lá vivi, e não era nada desse género...é tudo normal..desde a compra ao beberricar o dito...e ninguém chamava pelo nome de ninguém...

    A outra vez foi cá em PT, e foi assim como tu descreveste...o que acho ridículo! Mas eu menti...disse que me chamava Sotto Mayor...e qd ele se enganou a escrever no copo..eu corrigi...2T's...e um Y se faz favor:P

    ResponderEliminar
  8. A primeira vez que fui a um starbucks foi em Londres, e tb não havia cá nada dessas confianças de se chamar os clientes pelos nomes, era tudo muito normal, e até gostei.

    Sinceramente tb me irrita (ao J. nem tanto) quando as empregadas se põe a repetir aos gritos uma série de vezes o nosso nome...só dá mesmo vontade de dizer um nome que as faça cair no ridículo. eheh

    ResponderEliminar
  9. :-O Não acredito, como podes dizer uma coisa dessas, amor?

    Concordo com o que dizem, não gosto das pessoas que são como ovelhas no rebanho, que gostam porque os outros gostam. Agora não me venham com histórias, gosto do Starbucks porque gosto mesmo daquele café, porque acho piada à pitada de nóz-moscada no meu caramel-machiatto, porque no Verão tinham um granizado de café e groselhas que era divinal, porque os bolos são excelentes, porque praticam o comércio justo... são opiniões, ainda bem que não gostamos todos do mesmo. O primeiro onde entrei penso que foi em Londres, long time ago, ainda antes de ter reparado o quão frequente é vê-lo na televisão.

    Ah, e quando os empregados agradecem o pedido "Obrigado J." eu respondo "De nada, António".

    ResponderEliminar
  10. Oi Speeedjy tudo bem com ôcê?!.lol
    Eu ainda não fui ao Starbucks, e também me irrita alguma coisa o facto de vários amigos já me terem dito "Tens que ir" "Tens que beber aquilo" "Tens que provar..." Bahhh!!! Tiram-me a vontade antes que eu decida lá ir.
    Não deve passar de mais um café com something lá misturado, da marca e de ser cool beber café como se vê nos filme.
    Quando lá for e me perguntarem o nome vou dizer George Clooney. :-)

    ResponderEliminar
  11. não há cá dessas modas no Porto...temos ali a tasca do Zé Tó e já tá bom:-P

    ResponderEliminar
  12. se há conclusões que posso retirar deste post, graças à simpática amostra, foram que:

    - 90% das pessoas não gostam do Starbucks e se puderem evitar, não vão;

    - O Starbucks vale pelos bolos, coisa que nem tive a oportunidade de experimentar;

    - Todos pensam em aldrabar o nome, mas poucos realmente o fazem;

    - Tenho a prova de que existem realmente dois coelhos mas o avatar igual impossibilita-me de perceber quem comenta o quê, onde e como =D

    ResponderEliminar
  13. Olha, em relação aos nomes estapafúrdios, vi uma vez alguém num blog a pedir um café sob o nome de lady gaga... sweet!!!
    Em relação ao starbucks... pois que realmente comigo também é coisa que não funciona. Os americanos já lá o têm há anos e já tiveram muito tempo para se irem habituando àquilo... e eu realmente precisava do mesmo.
    Aquilo eles explicaram aos tipos que lá trabalham como é que aquilo funciona e não são capazes de ter a sensibilidade para perceber que o cliente ainda está a absorver o conceito... acabei por beber uma coisa horrível com um café fortíssimo, que odeio, e a experiencia não foi de todo a melhor porque passei de tal forma rápido, acelerado pelo funcionário diga-se, pela zona dos bolos que mal os pude ver quanto mais decidir se queria ou não algum... e sim, a mulher aos gritos e a pedir confirmação de quem eu era também aconteceu comigo e eu também pensei What T** F****

    ResponderEliminar
  14. Nunca fui a um Starbucks aqui em portugal, mas fui a vários em Londres, onde há um em quase cada esquina, e me pareceram normalissimos sem essa palhaçada dos nomes e até o preço (para a Inglaterra) era normal.
    Quanto a modas, também não sou seguidor...

    ResponderEliminar