O pai dele sofre de Alzheimer. E esta semana terá iniciado uma nova medicação porque entrou na etapa da Demência. Ele está a reavaliar toda a sua vida, talvez, por considerar que não pode deixar Aveiro e também por não ter melhores perspectivas de trabalho. Eu aceitei um novo emprego, mais uma vez em Lisboa. E sempre que eu falava do novo emprego, ele não se entusiasmava. Acho que de certa forma ele esperava que a nossa relação tomasse uma direcção diferente.
Ele não me contou da nova fase da doença do pai porque eu estou longe e "não são conversas para se terem ao telefone e pelo messenger". Tampouco são conversas para se terem nas seis horas que estamos juntos, num "tempo cronometrado" e "rodeados de gente". Situação que deixou de lhe agradar. "Talvez eu seja infantil", disse-me.
Isto depois de um dia em que imperou o silêncio. De um dia em que não correspondeu aos meus avanços, em que a minha mão ficava sozinha na perna dele, em que não me correspondia aos meus "amo-te". Agora que penso nisso, acho que esta semana não o disse uma única vez. Hoje nem sequer trouxe o anel. "Esqueci-me dele em casa", justificou.
A uma hora do comboio partir, disse-me que não valia a pena eu estar à espera com ele. Que me podia ir embora porque estava cada um para o seu lado. Falamos, mas ele nunca chegou a dizer nada conclusivo sobre nós.Quando faltava meia hora, desisti, fui-me embora e deixei-o sozinho.
Acho que ele acabou comigo. Se isto aconteceu, foi a primeira vez em trinta anos (karma is a bitch).
Ainda estou a espera que me telefone hoje.
Abraço.
ResponderEliminarNão sei que te dizer...
ResponderEliminarSó sei que vivo essas situações com algum desconforto, quando se trata de alguém amigo.
Mas, nem tudo está perdido; há atenuantes para as suas atitudes, e se há amor, ele será mais forte que atitudes pontuais.
Força!
Acho que deve ser a pressão que se paira sobre ele que o fez descarregar... neste caso, na pessoa errada (tu), mas acontece... Mas caramba, vocês já passaram por tanto, que me parece quase irrealista acabar desta forma.
ResponderEliminarAcho que ambos precisam de reflectir e, talvez, a distância ajude. Agora só espero é que por «birra» de ambas as partes em não ceder dêem azo a algo que não tem razão de ser. Eu já dei o braço a torcer em situação semelhante. Custa? Muito! Já o disse no meu blogue, mas fiquei de consciência tranquila.
Não percebi se esses vossos encontros de seis horas são comuns, visto morarem longe, mas parecem-me, pelo menos, bonitos...
Ânimo e, please, comuniquem entre vós! É uma ordem! E se o telefone não tocar, ligas tu. Acho que ele pode também estar a querer pedir atenção por causa das situações que descreves. É um simples e humilde palpite da minha parte... Mas pronto.
Fico triste por saber que as coisas não estão bem. Sei por experiência própria, que há imensas dificuldades nas relações à distância. Espero que isto seja apenas uma fase má e que não acabe por aqui. Não desanimes.
ResponderEliminarAbr
Amigo Speedy...
ResponderEliminarEspero que tenha ligado, ou que ainda ligue.
Espero que seja uma fase, que devido às circunstâncias de ambos menos boa, e que seja ultrapassada.
Espero que fiquem bem. E que tu estejas bem.
Grande abraço.
Amigo Speedy...
ResponderEliminarEspero que tenha ligado, ou que ainda ligue.
Espero que seja uma fase, que devido às circunstâncias de ambos, menos boa e que seja ultrapassada.
Espero que fiquem bem. Espero que estejas bem.
Grande abraço.
Bem pode ser uma fase ou então não. O tempo o dirá, e as vontades tb.
ResponderEliminarBoa sorte.
abraço
É estranho, mas eu leio o teu texto e percebendo os problemas pelos quais ele está a passar, não consigo encontrar uma razão forte para terminar contigo.
ResponderEliminarCertamente que o adiamento dos vossos planos está agora condicionado pela doença do pai dele, mas, ainda assim, parece-me um pouco precipitado da parte dele... [esta é a visão de alguém que não vos conhece e que só se baseia no que vai lendo sobre o assunto]
De qq das formas, CALMA. E força!
obrigado a todos. Hoje, a minha vontade seria apagar este post, porque foi tudo uma extrapolação de uma situação pouco normal. Mas, por outro lado, acho que também marcou uma nova fase na nossa relação. Por isso... que fique.
ResponderEliminarAbraços
não apagues. é provável que algum de nós precise de voltar a lê-lo, algum dia
ResponderEliminarcoragem