Nunca o escondi: quando o conheci disse-lhe logo que não era o meu tipo de homem e que estava wayyyyy out of his league. De tez pálida, abrutalhado, uma barriga que ainda hoje me tira do sério e apenas com 22 anos, julgava que não teriamos futuro nenhum. Ele insistia, insistia e fui eu que acabei por pedir-lhe um beijo. Cedi, na altura, talvez não pelas melhores razões. Tinha um caso amoroso mal resolvido e pensei que com um novo brinquedo enterrava finalmente o desamor que me atormentava há vários meses. E acho que funcionou. Paz à sua alma.
Mas sempre fui sincero. Pedi-lhe para ter os pés bem assentes na terra para não apanhar uma desilusão comigo... Que seria o mais certo. Ele aceitou as condições. As semanas foram passando e ele minava as minhas defesas com meiguice, atenção e sinceridade. Passado três meses, dei por mim a verbalizar que o amava. Ele não me retribuiu mas mais tarde confessou-me que já me amava desde o primeiro dia.
Passado quase dois anos, de volta e meia, é ele que diz "Não és o meu tipo de homem". E o cabrão ri-se que nem um perdido, pedindo de seguida um anel de noivado e filhos. Vejo-me obrigado a tirar-lhe o sorriso da cara e aconselhar-lo que devia preocupar-se com o presente porque, por este andar, nem chegaria a 2011.
É um problema que tenho. Não consigo pensar a longo termo. Nunca o fiz, muito menos em termos de compromissos. Para já, basta-me as pequenas coisas. É que eu ressono. E ele tem o sono pesado. Perfect.
ora, perfeitíssimo! um feito para o outro. e se descobrirem que não era bem assim, paciência, passa-se ao próximo. sempre achei que o amor era tão eterno quanto durasse. já tive eternidades de dias... nunca me esqueço de dizer ao Zé que as pessoas não são dados adquiridos na vida dos outros. não sei se é uma estratégia de defesa se é uma arma, se é uma maneira de tornar as coisas mais no "fio da navalha"... mas ter filhos e fazer muitos planos e tal é sempre muito assustador. comecem pelas pequenas coisas, pois então!
ResponderEliminarabraços e felicidades a rodos para ambos!
Ora aqui estás para provar a batida teoria de que «os opostos se atraem»! E depois, é nesses pequenos confrontos que se constroem as maiores cumplicidades. Digo eu! :)
ResponderEliminarCOm que então o abrutalhado....lol achei piada à designação! Curioso como à partida não te cativava e com o tempo e persistencia a coisa aconteceu, e para bem:)
ResponderEliminarAcho que nos tempos que correm, mais vale mesmo pensar a curto prazo...é mais seguro!
PS - Encontrei o blog por acaso, e achei estranho qd o tartaruga com pressa se foi...ainda bem q voltaste!
Este post é a prova provada que as coisas acontecem quando menos se espera e na altura mais inesperada.
ResponderEliminarHá sempre prós e contras, claro, mas o amor vai-se fortalecendo com o ir e vir, como as marés.
Eu costumo pensar (acho que nunca disse) que as melhores relações são sempre com quem nem nunca pensámos em envolver-nos.
ResponderEliminarQuanto a ti fizeste bem, deste uma oportunidade a ti e a ele e resultou. Felicidades *
O importante, acho, é ir vivendo a vida calmamente. As coisas boas vão acontecendo.
ResponderEliminar@Me: pois, matei-o e não vou recupera-lo. Criei este em substituição. abraço